Antonin Carême (1784-1833), foi o primeiro chef celebridade da história, disputado reis, políticos, chefes de estado e banqueteiros. Uma de suas especialidades eram os extraordinários doces esculpidos com açúcar - que foram comparados às maiores obras arquitetônicas de então. Em meados de 1811, foi encomendado a Carême o bolo do batizado de Napoleão II, em forma de gôndola veneziana. O doce representava a consolidação da relação política entre a França de Napoleão Bonaparte e do império dos Habsburgo, casa de Maria Luísa sua mulher.
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🍰 Na receita de Carême, “A gôndola veneziana é feita em massa de confeiteiro coberta com glacê de açúcar celeste. É colocada num pedestal convexo, com dez centímetros no centro e cinco centímetros nas bordas, coberto por fios de açúcar branco para imitar as ondas do mar. O pavilhão é formado por oito colunas cobertas de glacê cor-de-rosa, as cortinas e os enfeites são de massa de confeiteiro azul celeste e amarelo. A cúpula, a vela e os pequenos pendentes são de fios de açúcar; o mastro é coberto da mesma maneira que a gôndola, e o cordame é feito de fios de açúcar branco. O conjunto é cercado por suspiros de tamanho médio com açúcar cristal e recheados de creme. Na gôndola também podem ser colocados suspiros, trufas grandes fervidas em champanhe ou casquinhas de massa de amêndoa recheadas com conserva de frutas”. Antonin Carême, Le Pâtissier royal parisien (1815).
Ilustrações de bolos e tortas feitas por Carême e Ilustração da receita de gôndola veneziana desenhada por Carême em 1815
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