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Paisagens de sal do artista japonês Motoi Yamamoto


Museu em Hakone, no Japão, parte da exposição individual ‘para a floresta branca’, 2011, imagens de Makoto Morisawa.


O sal tem inúmeros significados na maioria das culturas ao redor do mundo. Do poder de purificação, de afastar energias negativas (quem nunca jogou um salzinho atrás do ombro?), à conservação, preservação e limpeza. Um item com um passado precioso, essencial para a manutenção da vida, o sal é usado em rituais relacionados à vida e à morte em muitos países. E é através dessas memórias ritualísticas que Motoi Yamamoto passou a utilizá-lo em suas obras, buscando moldar suas paisagens repletas de significados.



Yamamoto começou a trabalhar com sal após a morte de sua irmã, como uma forma de preservar memórias de sua família: "Meus trabalhos são dispositivos para me proteger contra o instinto de autodefesa do esquecimento, bem como atos para reter memórias importantes que se perdem ao longo do tempo". Formas geométricas, trajetos, ondas, labirintos - os trabalhos de Motoi Yamamoto evidenciam caminhos, experiências e sensações de formas sutis e, ao mesmo tempo, impactantes. A cor do meio também influencia na obra: "É quase como se essa brancura macia estivesse recebendo gentilmente o conteúdo do meu coração'', completa.


Jardim flutuante, 2013.


A presença e simbologia do sal em muitas culturas permite diferentes associações, memórias e reações, o que faz com que cada espectador construa sua própria história perante a obra de Motoi.


Após cada exposição, o artista devolve o sal ao mar como uma forma de completar o ciclo da vida: "Embora possa ser apenas um mero momento no longo curso da história, a intenção aqui é devolver o sal usado como parte da obra ao ciclo natural mais uma vez", diz o artista.


Instalação ‘labirinto’, nas muralhas do castelo em Aigues-Mortes, na França:




100.000 pétalas de flores de cerejeira feitas de sal para exposição ‘sakura shibefuru’ (pétalas de cerejeira caindo) no museu de arte da cidade de Setouchi, Japão.




Exposição em uma casa de banhos em Onomichi, Japão, 2017.




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