A “Cantata do Café”, de Johann Sebastian Bach (1685-1750), conta de maneira cômica a história de um pai que briga com a filha para que ela pare de tomar tanto café. Composta em 1734 para ser apresentada na cafeteria Kaffeehaus Zimmermann, em Leipzig, na Alemanha, a música reflete a polêmica da época sobre o café, que havia sido introduzido há algumas décadas no país, e dividiu opiniões. Na música, o pai, o sr. Schlendrian, tenta convencer sua filha Liesgen, a parar de tomar café: ele começa falando que ter filhos causa "milhares de confusões" e a filha retruca que não vive sem "tomar três cafezinhos por dia", que segundo ela "tem gosto doce e é mais amável do que mil beijos" (isso que é amar café). O pai então começa a fazer ameaças: ela não poderá ir a mais nenhuma festa, passear, não ganhará vestidos, jóias e não poderá ficar na janela vendo as pessoas passarem se não cortar o cafezinho. A filha não dá bola e diz que, por ela tudo bem, mas que ele "só permita o prazer do café". Ele a chama de cabeça dura e dá o ultimato: se Liesgen não abandonar a bebida não poderá se casar - claro, a menina do século XVIII entra em pânico, larga o café na hora e diz ao pai que jamais beberá nenhum gole sequer da bebida - problema resolvido. ☕
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