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A história do Fondue

Fondue: decadente deliciosidade, a cara desses dias outonais de céu azul e noites frias. Uma fondue, no feminino, do francês, fondre: derreter ou fundir. Famosa receita suíça, teve ancestrais na Antiguidade, como nos conta Homero na Ilíada, em uma versão de queijo de cabra, ralado em ralador de bronze e misturado com vinho.

Alguns séculos depois, uma versão mais próxima da que conhecemos hoje, foi publicada em 1746 no livro La Cuisinière Bourgeoise, por Menon, mestre de cerimônias do príncipe de Soubise, na França. Em sua receita de Ouefs au Fromage, Menon mistura queijo gruyere ralado, manteiga, cheiro-verde, noz moscada e vinho branco em uma panela, e quando o queijo está derretido, adiciona seis ovos à mistura, servindo sobre pedaços de pão. Em 1894, o cozinheiro suíço Joseph Favre, publicou em seu Dictionnaire Universel de Cuisine Pratique uma receita de La Fondue à moda de Valais, em que usava menos ovos que Menon: apenas poucas gemas para dar cremosidade a mistura. Os ovos na receita deixaram de ser usados apenas no século XX, quando em 1930, uma crise econômica obrigou produtores de queijos suíços a criarem mais produtos para estimular a venda. Com o tempo, surgiram campanhas incentivando o consumo de fondue. Produtores de queijo ofereceram ao exército suíço uma mistura deles para serem fundidos em panelas, junto de lamparinas, acompanhadas de espetos - todo um kit que pretendia trazer conforto, e que fomentasse o espírito de grupo e de união através de uma refeição compartilhada. Até então, Fondue era mais conhecido na região francófona do país, e consumido pela alta burguesia, uma vez que queijo era um produto caro e de maior acesso nas áreas urbanas. Mas a popularidade invernal do prato só se deu em 1950 quando a receita ganhou as pistas de ski, tornando-se assim um famoso prato da estação: das mesas abastadas suíças as noites frias da capital paulistana.

🎥🧀 Receita de #fondue para 100 soldados suíços. Arquivos Radio Télévision Suisse.

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