"Sem dúvida, Deus poderia ter feito uma fruta silvestre melhor, mas, sem dúvida, Deus nunca fez", disse o escritor irlandês W.B. Yeats sobre o morango. Apreciado pelo aroma inconfundível (não é à toa que é da mesma família das rosas), meloso dulçor e cor lustrosa, o morango é a fruta vermelha mais popular do mundo. Eu vou ser sincera, nunca morri de amores por morango - pega meio mal falar isso, mas não está nem perto do meu top 10 frutas (coisas feitas de morango então, vish maria…). Mas não há como negar que o morango é uma das frutas mais amadas do mundo, além de um dos sabores mais copiados artificialmente. E o apreço por morangos não é de hoje: na Roma Antiga, o morango era um símbolo de Vênus, devido a seu formato e coloração. Nesse período, ele também era considerado um grande remédio: "curava" desde melancolia até pedras nos rins. Na revolução francesa, ficou famosa a nobre Madame Tallien, mais tarde Princesa de Chimay, por seus banhos revigorantes em suco de quase 10kg de morangos - Jesus! Thomas Hyall escreveu em 1593 que "morangos eram muito consumidos em todas as mesas no verão inglês com vinho e açúcar". Mas o morango de hoje é bem diferente daquela época. De fato, o morango mais próximo ao que conhecemos hoje surgiu apenas no século XVII, através do cruzamento entre tipos de morangos europeus, a 'fragaria vesca' (palavra que, por exemplo, originou "fragola", morango em italiano), com espécies norte americanas, 'fragaria virginiana' e sul americanas, mais especificamente de regiões do Chile, a 'fragaria chiloensis'.
🖼 "Emma Van Name", ou "menina de rosa com um cálice de morangos'', pintura de 1805 do artista americano Joshua Johnson, da coleção do Metropolitan Museum of Art.
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