Pode soar estranho, mas o homem come chiclete desde a pré-história.
Foto: Meryl Streep
Existem evidências de um pedaço de goma de mascar com marcas de dentes de 9000 a.C., durante a transição do período Paleolítico para o Neolítico. Na Grécia Antiga, já se mascava uma espécie de chiclete feita com goma de mástique, que aliviava o mau hálito e supostamente curava doenças. Os maias já mascavam o chamado Chicle, feito com látex de sapotizeiro, em 2000 a.C. para aliviar a sede, deixando a boca úmida, e enganar a fome. Os astecas também consumiam o chicle e, inclusive, tinham diversas regras sobre seu uso: apenas crianças e mulheres solteiras podiam mastigar a goma em público, as casadas e viúvas deveriam apenas mastigá-la em particular e homens, apenas em segredo.
Foto: Elvis Presley
Na América do Norte, povos indígenas mascavam resina de abeto, que fez tamanho sucesso entre os colonos europeus que ali habitavam que, no final da década de 1840, John Bacon Curtis desenvolveu a primeira goma de abeto comercial, fervendo a resina e cortando-a em tiras polvilhadas com amido de milho. Nasceu assim, em 1850, a primeira fábrica de goma de mascar do mundo, em Portland, Maine. Alguns anos depois, em 1872, o nova-iorquino Thomas Adams Jr., após conhecer o presidente mexicano Lopez de Santa Anna, criou uma goma de mascar usando o látex do sapotizeiro apresentado a ele pelo mexicano, fundando a empresa Adams que, no final da década de 1880, vendia chiclete em todo o país.
Foto: Jane Fonda
Com o tempo diversas empresas de chiclete surgiram, o que criou um mercado competitivo, com inovações em sabor, cor e textura da goma. Em 1928, a empresa Fleer, que fora comprada pela Adams, criou o primeiro chiclete a fazer bola. Em meados do século 20, principalmente após a Segunda Guerra, as resinas usadas na fabricação da goma foram substituídas por substâncias sintetizadas a partir do petróleo, muito mais baratas que as naturais. Alguns anos depois, moradores de Natal, no Rio Grande do Norte, conheceram o chiclete através de soldados americanos, lançando em 1945 o primeiro chiclete brasileiro, o Ping Pong.
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