Ricota: "recozido" em italiano.
Teoricamente, a receita como conhecemos hoje foi inventada na Sicília durante a Idade Média. É sabido porém, que este tipo de queijo tem raízes milenares que já existiam no período neolítico.
Dizem que, certa vez, um viajante levava consigo leite de cabra dentro de uma bolsa feita com o estômago do próprio animal - as enzimas do estômago reagiram com a caseína do leite e, voilá, surgiu assim o primeiro queijo.
Verdade ou não, o primo da ricota já fazia sucesso na Grécia Antiga, como conta Athenaeus (170 d.C.- 223 d.C.), sobre um banquete regado a um queijo macio. No Império Romano este queijo também era consumido principalmente pelas crianças, em pequenas bolinhas de queijo misturado algumas vezes com mel e amêndoas.
Mas dizem que a ricota como é hoje foi inventada na Sicília, e as primeiras menções a ela são em textos da ilha, como uma história do início do século XIII, sobre o dia em que o rei Frederico II (1194-1250) encontrou, em meio a uma caçada, um fazendeiro produzindo ricota. Parou tudo, desceu do cavalo, puxou umas fatias de pão que tinha levado pra uma boquinha pós matança e comeu toda a ricota do coitado do fazendeiro – e ainda falou pra sua trupe que quem não comesse com colher ia ficar sem ricota. Vai saber...
📸 Na foto, Comedores de Ricota, pintura de 1580 do pintor renascentista Vincenzo Campi (1536-1591), hoje no Museu de Belas Artes de Lyon, na França.
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