Outro dia pedi friturinhas do @barmoela e transformei minha casa em um verdadeiro boteco com os mais diferentes tipos de bolinhos e croquetes acompanhados de uma boa serramalte bem gelada. Acho que fazia uns meses que eu não "deitava o cabelo" numa boa fritura como fiz esse dia: não me soa muito "prudente", eu, sozinha, em casa, mandando ver na fritura (mas nos doces, pizzas e hambúrgueres tudo bem, né? 🤔🤦♀️).
A fritura já era usada entre os povos da Antiguidade. Não se sabe ao certo como nasceu a técnica, mas sabemos que os egípcios já fritavam massas doces em gordura e os gregos antigos imergiam alimentos em azeite de oliva quente dentro de grandes panelas de barro. No livro do gastrônomo romano Marcus Gavius Apicius (25 a.C - 37 d.C), fala-se de pratos fritos em mel bem quente, ou em uma mistura de azeite com garum. Entre as receitas fritas de Apicius em" De re coquinaria", estão os pastéis de pavão fritos, chamados "Isicia", considerados por muitos historiadores como o primo do rissole e o "Pullum Frontonianum", um frango frito por imersão. Mas foi apenas na Idade Média que a fritura se popularizou entre as classes mais altas, que fritavam carnes e vegetais em gordura de porco, e usavam óleos para fritar peixes. Uma das primeiras receitas de croquete aparece no livro "Le Cuisinier Royal et Bourgeois", de François Massialot, como "croquettes de palais de boeuf", feitas com vitela cozida com especiarias. A palavra croquete tem origem francesa "croquer", crocante em português, e embora teoricamente simples, aparece em diversas receitas ao redor do mundo com os mais diferentes recheios, como disse Grimod de La Reynière: "as entradas parecem ser simples, no entanto coisas como 'croquetes de aves' não toleram a mediocridade".
📷 Frying Made Easy, livro de receitas americano de 1950.
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