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Writer's pictureKatherina Cordás

A história da Cera de Abelha e as obras de Tomáš Libertíny na Bienal de Arquitetura de Veneza


A cera de abelha é uma substância fabricada pelas glândulas das abelhas melíferas durante a produção do mel - estima-se que a cada 6kg de mel se produz 1kg de cera.

As propriedades da cera de abelha são conhecidas desde o início dos tempos: de remédios a objetos, a cera é usada há milhões de anos nas mais diversas civilizações.


No Egito antigo, a cera de abelha era usada no embalsamento das múmias, para fixar penteados em perucas e para preservar papiros. Em Roma, era usada para criar estátuas e máscaras e na China era comum como medicamento. O grego Dioscórides, pai da farmacologia, escreveu sobre a prática de fazer flores artificiais com cera. Artesãos e joalheiros gregos criavam moldes de peças em cera que depois eram transformadas em metal. Na mitologia grega, Ícaro, filho de Dédalo - o cara que construiu o labirinto do minotauro - usou cera de abelha para construir as asas que culminaram em sua morte no mar Egeu. Pã, o deus dos bosques, criou uma espécie de flauta remendada com cera de abelha em homenagem a uma ninfa por quem se apaixonou - instrumento conhecido atualmente como flauta de pã.


Hoje a cera é usada em medicamentos, cosméticos, mobiliários, tintas, velas e para preservar alimentos devido às suas propriedades antioxidantes.


Na Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano, o artista eslovaco Tomáš Libertíny criou esculturas feitas por 60.000 abelhas que construíram colmeias ao redor de esqueletos pré-fabricados pelo artista - uma obra que visa aumentar a consciência sobre o papel de polinizadores.


O trabalho ‘Beehive architecture’, faz parte da 17a Bienal intitulada ‘How will we live together?’ (como vamos viver juntos?), dentro da sessão ‘Among diverse beings’ (entre seres diversos). A obra faz parte de um crescente movimento do design que procura meios sustentáveis do homem e a natureza colaborarem entre si. 'Beehive architecture' evidencia que as abelhas podem ajudar a criar estruturas arquitetônicas para aplicações em grande escala, combinando tecnologia e natureza, criando uma experiência estética e funcional. Um testemunho do poder da natureza, onde, através de uma colaboração mútua, os seres humanos podem permanecer sim em equilíbrio com o meio ambiente.










Imagens de @tomaslibertiny

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